Cristo, Marco Feliciano e a minha metamorfose ambulante

17/04/2013 § Deixe um comentário

Esvaindo o passado, passeando entre a morte e a vida, canto as canções que não são mais audíveis. Tudo tem a fama de parecer mais difícil sob o olhar do incerto. Os anos e os tempos tem mudado como dias e horas e o passeio se tornado uma aventura num tempo fora do tempo.

Se ele existir e quiser me abraçar, não custaria nada acreditar no conto de fadas improvável, mas lindo. O tenso de tudo isso é o fator “eu”, por que parece que a existência dele se deve ao fato do “eu” existir, e o que acaba revirando todo o problema. Ser ou não ser, ter ou não ter, sentir ou não sentir, gostar ou não gostar, viver ou não…morrer.

Dizem às más línguas que o reino dEle, distante e fora de tudo que já foi construído até hoje, seja a casa dos bons de coração, ás más línguas se incluem nos bons corações.

E a ideia de Deus com D minúsculo, parece ser uma marionete na mão dos poderosos detentores dos poderes subliminares. Eles o convidam pra dançar a música com altos e baixos de uma vida de pecados, te orientam a superar o que você nunca foi e humilham os que dão o melhor de si, os chamando de hereges, ou bons hereges.

A contravenção da verdade, a sociedade de bravos heróis de um reino distante me dizem que as noticias do outro lado não são as melhores. Por tudo que ouço, leio, vejo sinto, e até o ar deles é diferente.

Cristo, o Cristo, suposto salvador de todo mundo, que não via outro jeito de melhorar as coisas a não ser se desfazer de tudo que ele tinha, o que era TUDO mesmo, e se deitar na terra, da forma mais frágil possível, dependendo do cuidado de seres mais do que inferiores.

A boa notícia dele foi diferente, linda, perfeita do ponto de vista sociológico e ele não só lançou a proposta de salvação espiritual, mas a salvação social.

Eu só não consigo entender os cristãos de hoje, seguidores de um dos maiores reformadores da história, insistem em forçar os outros a acreditarem nas palavras e não nos atos. Parece dificil pra eles, que sempre acreditaram mais nas palavras (Bíblia), do que em Deus, entenderem que a atitude é mais importante do que o falar.

Enquanto existe essa confusão entre eles eu prefiro, posso estar errado, mas eu prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter essa velha opinião formada sobre tudo.

(meu desabafo sobre as polêmicas declarações do pastor evangélico Marco Feliciano, ao se referir aos africanos como raça “amaldiçoada” por deus, também sobre os homossexuais, de que é um sentimento podre e os “conselhos” do pastor sobre o papel da mulher na sociedade,de que elas é que são as desgraças de ambos os “problemas” do mundo)

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Eles mentiram

31/03/2013 § Deixe um comentário

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mentira!! Eles mentiram para nós, para todos nós Disseram que o tempo iria ser perfeito. Que os sorrisos iam ser sinceros, que os gritos seriam de alegria e que o amanhecer no outro dia viria. Me enganaram, me venderam uma pedra dizendo ser preciosa, ela não passava de uma prisão, a democracia caiu pelas brechas da minha mão. Disseram que eu teria amor, e que ele estaria disponível em todas as esquinas, me enganaram. O amor eu não encontrei nem dentro de mim, me enganaram. Ousaram dizer que o futuro era de paz, mas no horizonte eu só consigo ver guerra. Me enganaram E eu agora to vivendo essa enganação, tendo que dizer que tudo não passa de um mal entendido, e que os apertos de mãos são sinceros e que sorrisos sempre me espera
Eles mentiram

A garota do outro lado da rua

30/08/2012 § Deixe um comentário

Dois desejos distintos, separados por 5 metros. Distantes no tempo e no conhecimento do tempo. Dispostos a traçar o novo, mas com medo de esquecer o passado. Conformado com a ideia de perda, já que ganhar era sempre um bônus nada cotidiano. Perfeitos no desejo, incompletos quando vivos. Saltitantes parados. E assim se fez presente o recente passado traçado na memória. Voltando ao lado, na eskina barata. No furdunço do incerto, na beira da estrada. Nunca uma amplitude se tornou tão reduzida. Nunca sete passos foram tão impossíveis.

E o Amor se fez incerto. Do outro lado se fez presente, deixando o passado com uma sensação de ausente. E tudo se fez novo, de novo

26/08/2012 § Deixe um comentário

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Por que vim parar aqui

14/07/2012 § 1 comentário


Quando eu to menos inspirado, aparentemente, fico mais motivado a ser algo que considero aceitável para o momento. Faz tempo que não escrevo, e isso se torna evidente nas datas distantes entre esse e o ultimo.

Não entendo muito por que vim parar aqui. Sou deslocado em situações que deveriam ser cotidianas. Minha relação fraternal é instável, assim como os galhos de um ipê. Falando sobre minha situação no cosmos entre Vênus e Marte, eu sou um fora da lei, a margem do sistema comum de dar as mãos e caminhar pra sempre juntos. Sou falho no que consiste ser eu mesmo. A definição do “eu” tem tantas variáveis que ela não pode ser tratada no singular.

Falando agora da divindade. Do transcendental. Do tal de deus. Aí quebra-se tudo. Todo conceito emancipado do nada se desfaz em alguns versículos lidos. Isso é deplorável. Minha mãe espera muito de mim na vida religiosa. Mas sinto não corresponder como ela sempre quis. Isso fere nossa relação. Deveria não ferir. Já que os dois estão em busca de algo melhor que o “eu” pode oferecer.

E dae volto para o ponto de que não sei o que estou fazendo aqui. Minha indecisão tem gerado consequenciais, que sob a ótica do evangelho, pode ser eterna. Ou até mesmo desfrutar de uma amarga perda no relacionamento entre Vênus e Marte. Isso me deixa triste.

E eu não sei como prosseguir. Também não estou no momento de conselhos.